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domingo, 22 de junho de 2008

British Telecom Adota o Asterisk

Operadoras devem receia Open Source?

A BT, gigante do setor de telecomunicações se abre para falar à cerca de como está usando o fonte aberto, embora haja ainda algumas questões a superar.


Fonte: http://www.internetnews.com/dev-news/article.php/3753811/Should+Carriers+Fear+Open+Source.htm

18 de junho de 2008
Por
Sean Michael Kerner


LAS VEGAS -- Acredita que grandes operadoras de telecom não usam o código fonte aberto? Reveja essa idéia.


Embora as companhias de telecomunicações possam parecer dominadas por soluções proprietárias, a BT, a gigante da indústria que antes era conhecida como British Telecom, é uma grande apoiadora de código fonte aberto. E suas experiências podem servir como um guia de como outras indústrias pode fazer uso dessa tendência em termos de desenvolvimento de software.


A operadora britânica de vários bilhões de dólares não somente consome o fonte aberto, mas ela também é uma contribuidora e uma evangelista, de acordo com Maria Pardee, presidente da BT Projetos para integração global.


“Nós somos um dos provedores de serviços de escala massiva e acreditamos que somos um líder de mercado em código fonte aberto”, disse Pardee, falando durante uma sessão aqui na conferência NXTcomm. “Nós enxergamos o código aberto como o futuro da indústria”.


Pardee, que falou do uso pela BT do PABX IP Asterisk de fonte aberto em seus próprios produtos, observou que o código fonte aberto permite a BT trabalhar mais rapidamente no desenvolvimento de novas tecnologias.


“De todos os ângulos ele é agilidade e velocidade”, disse Pardee.


Mark Spencer criador do Asterisk, outro expositor do painel e um advogado de longa data do código fonte aberto, citou benefícios adicionais.


Para Spencer, que também serve como CTO da Digium, a empresa âncora comercial do Asterisk, o fonte aberto dá a sua companhia algumas vantagens competitivas na disputa com jogadores de sistemas de telecomunicações proprietários como Avaya e Nortel.


Como um argumento, Spencer acredita que os desenvolvedores de código fonte aberto são mais dedicados.


Se trabalham ou como parte de seu negócio ou como passatempo, os desenvolvedores de fonte aberto estão escolhendo participar do desenvolvimento, disse ele. Eles estão tanto apaixonados pelo produto como engajados para resolver algum problema deles e não porque tenha sido atribuída essa obrigatoriedade a eles.


Adicionalmente, a despeito da presença considerável da Avaya, Nortel e outros grandes nomes que trabalham com tecnologia proprietária, Spencer disse que os esforços como do Asterisk provam que o código fonte aberto pode ser comparado favoravelmente com o código fonte fechado.


“Quando você olha o Asterisk e ver quanta gente tem contribuído de fato para o código, é possível sejam menos de 1.000 pessoas”, disse Spencer. “Ainda é surpreendente como 1.000 desenvolvedores, que não trabalham em tempo integral, podem ser comparados com a Avaya ou com a Nortel”.



As preocupações persistem


A despeito do crescimento de popularidade e dos benefícios percebidos do fonte aberto, no entanto, nem sempre é uma venda fácil aos desenvolvedores e as companhias.


Rakesh Radhakrishnan, arquiteto sênior de TI, principal da Sun Microsystems, disse aos expectadores que perguntas freqüentemente surgem a respeito de como as companhias podem colocar o sistema de código fonte aberto em produção e ter suporte quando ocorrem os problemas. Aquisição da MySQL pela Sun, por exemplo, sinaliza uma maneira a respeito de como os projetos de fonte aberto podem oferecer suporte e atrair os clientes, disse ele.


Tais preocupações podem parecer algo irônico, considerando que o suporte e os serviços, seguem junto com o hardware em alguns casos, são alguns dos caminhos chaves que as empresas de código fonte aberto extraem seus ganhos.


"Nós não ganhamos dinheiro tornando o software livre", disse Spencer. "Nós ganhamos dinheiro com os serviços e o hardware em torno do projeto chave que criamos".


Para a BT, Pardee admitiu que ficou preocupada originalmente sobre o código fonte aberto ao que ela descreveu como questões de segurança.


"O grande desafio é a percepção de como usar o código fonte aberto, uma vez que ele não segue a abordagem tradicional e ainda existe uma percepção de que usar aplicações em código fonte aberto para rodar aplicações de missão crítica não possui proteção", disse Pardee.


"Nosso desafio é ganhar talento para reconhecer que essa é a direção do futuro", disse ela. "É uma transformação - grande mudança para as grandes companhias".


Spencer acrescentou que percebe que as preocupações sobre segurança do fonte aberto são paradoxais, já que ele acredita que o software com código fonte aberto pode provar de fato que é mais confiável para os clientes.


De acordo com essa linha de raciocínio, se um fornecedor de fonte aberto foi comprado ou encerou o desenvolvimento, os clientes existentes ainda têm o acesso a seu código e podem continuar a suportá-lo.


A percepção de segurança de fonte aberto está mudando, concordou Pardee, mas ela acrescentou que seu crescimento ainda exige evangelização -- e seu uso pode agredir algumas empresas enquanto um empreendimento de risco.


E mais, a BT pelo menos não está nem um tanto assustada em adotar o software de código fonte aberto bem como suas práticas de acompanhamento.


Ela disse que além da utilização do código do Asterisk, a BT cumpre com os termos do licenciamento do fonte aberto como do GPL, que exige que as modificações do código sejam retribuído de volta à comunidade.


"Nós retribuímos de volta ao código absolutamente, porque seria injustiça não fazê-lo", disse Pardee.


Compartilhando as melhorias do código da BT com a enorme comunidade de desenvolvimento do código fonte aberto, os concorrentes podem tirar proveito dos esforços da BT, ao que Pardee agradece. Mas isso não é uma preocupação para ela.


"Se a Deutsche Telekom usar o código que nós retribuímos de volta ao código fonte aberto, excelente", disse Pardee. Ela explica: "Nós acreditamos estamos no caminho certo de ganhar dinheiro pela oferta de serviço com qualidade superior ao nosso cliente”.



2 comentários:

Pierre Freire disse...

Ola Cléviton,

Aqui é o Pierre de Balneário Camboriu, muito legal o seu blog.
Parabéns.

Vou divulgar seu link no meu blog.

http://blog.pierrefreire.com.br

Anônimo disse...
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